O território potiguar se destaca a nível nacional pela sua expressiva e diversificada produção mineral. O Estado é o maior produtor nacional de sal, diatomita, scheelita, petróleo em terra e ainda apresenta posição de destaque na produção do feldspato, caulim, tantalita, columbita e pedras preciosas, entre outras.
No período compreendido entre os anos de 1942 e 1954, a scheelita foi largamente produzida através de trabalhos garimpeiros e somente a partir de 1954 teve-se implantada, no Município de Currais Novos, a extração subterrânea de scheelita, de forma organizada e sistemática, registrando-se as instalações da Mina Brejuí, primeira Mina de scheelita do Rio Grande do Norte (Diniz, 1992).
Atualmente, face à grande crise enfrentada pelo setor, de todas as minas de scheelita existentes no Estado, apenas uma se encontra em atividade, a Mina Bodó, no município homônimo.
Entretanto, as áreas com ocorrências de atividades mineiras (ativas ou desativadas) apresentam, além das obras, equipamentos e processos característicos, a presença de túneis, galerias, inclinados e shafts, os quais despertam: curiosidade, desejo de obter o conhecimento e a experiência ímpar de conhecer, "in locu", os labirintos de um "mundo subterrâneo".
A visitação turística a trabalhos mineiros subterrâneos em minas paralisadas é uma prática já usada em muitas partes do mundo, e o Rio Grande do Norte possui boas potencialidades de desenvolvimento nesta área do turismo. Segundo o interesse da clientela turística, o Rio Grande do Norte oferece possibilidades que variam desde a visitação de áreas com exploração garimpeira de pedras preciosas (como exemplos, os municípios de Tenente Ananias, Parelhas e Equador), à visitação de minas subterrâneas (como exemplos, as minas de scheelita existentes no município de Currais Novos) (Fig. 12).
As Minas Brejuí, Barra Verde e Boca de Laje, localizadas no município de Currais Novos apresentam condições para visitação turísticas, uma vez que estão localizadas em uma região de fácil acesso, estrutura rodoviária, presença de hotéis e pousadas, restaurantes etc. Atualmente, a Mina Brejuí recebe pequenos grupos de turistas, onde uma galeria foi preparada para visitação (Fig. 12) e foi montado o "Memorial Tomaz Salustino", que conta toda a história dessa mineração.
A Mina Brejuí está localizada na região do Seridó, no município de Currais Novos/RN, com uma altitude média de 300 metros acima do nível do mar. A região possui clima semi-árido quente e temperaturas médias de 28º C, podendo atingir temperaturas acima dos 50ºC na superfície do solo nos meses mais quentes. Possui uma pluviosidade média em torno de 650mm/ano.
Considerada a maior mina de Scheelita da América do Sul, a Mina Brejuí iniciou a exploração de suas atividades em 1943, data da descoberta do minério. Somente em 1954, foi constituída a Empresa com o nome de Mineração Tomaz Salustino S.A., sendo um dos concessionários o Desembargador Tomaz Salustino Gomes de Melo.
A atividade mineradora na Mina Brejuí teve seu apogeu em plena Segunda Guerra Mundial, fornecendo toneladas de minérios à indústria do aço. Durante esse período, o progresso da sociedade se fez notar através da construção do Tungstênio Hotel, Cinema, Posto de Puericultura, Emissora de Rádio, Estádio de Futebol, Campo de Pouso, Escolas, Hospital, Igreja e Casa do Idoso, dentre várias outras obras e melhorias implementadas nesse período.
A partir dos anos 80 do século XX, inicia-se o declínio da mineração em consequência da oscilação dos preços internacionais da scheelita, decorrente, principalmente, da entrada da China, grande produtora no mercado mundial, levando a Mina Brejuí a reduzir suas atividades de extração mineral e buscar novas alternativas econômicas, somente tendo encerrado a extração da scheelita no ano de 1997.
O petróleo (do latim petroleum, petrus, pedra e oleum, óleo, do Grego πετρέλαιον (petrelaion) óleo da pedra, do grego antigo πέτρα (petra), pedra + έλαιον (elaion) óleo de oliva, qualquer substância oleosa.), no sentido de óleo bruto, é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).
Combinação complexa de hidrocarbonetos. Composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos. Também pode conter quantidades pequenas de nitrogênio (N), oxigênio (O), compostos de enxofre(S) e íons metálicos, principalmente de níquel (Ni) e vanádio (V). Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo tais como óleos de xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha não se incluem nesta definição.
O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia. Serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras, e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma participação superior a 70 % em volume. A composição do gás natural pode variar bastante dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é produzido, processo de produção, condicionamento, processamento, e transporte.
O gás natural é encontrado no subsolo, por acumulações em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas impermeáveis, associadas ou não a depósitos petrolíferos. É o resultado da degradação da matéria orgânica de forma anaeróbica oriunda de quantidades extraordinárias de microorganismos que, em eras pré-históricas, se acumulavam nas águas litorâneas dos mares da época. Essa matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades e, por isto, sua degradação se deu fora do contato com o ar, a grandes temperaturas e sob fortes pressões.
Em vários países, incluindo a China e a Índia, o sal marinho era a única fonte de sal. A regulação do comércio de sal marinho era altamente lucrativa para os governos. Cerca de 110 a.C., o Imperador Han Wu Di da China iniciou o monopólio do comércio de sal no país, transformando a "pirataria de sal" num crime sujeito à pena de morte. Em 1930, o governo colonial britânico da Índia impôs um imposto sobre o sal, que levou á famosa marcha do sal entre 12 de Março e 5 de Abril, quando Mohandas Gandhi liderou milhares de pessoas até ao mar a fim de recolher o seu próprio sal e não pagar o imposto.
Uma salina é uma área de produção de sal marinho pela evaporação da água do mar ou de lago de água salgada. O sal marinho formado na salina é uma rocha sedimentar química que tem origem na precipitação da água do mar, quando esta sofre evaporação
No Brasil, as principais salinas localizam-se no Rio Grande do Norte. Uma das principais salinas do Rio Grande do Norte encontra-se em Galinhos-RN. Salina Diamante Branco
No Brasil as principais salinas localizam-se no Rio Grande do Norte. Uma das principais salinas do Rio Grande do Norte encontra-se em Galinhos-RN. Salina Diamante Branco